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Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia

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Sobre o PPGAF

Contexto da criação do Programa

O curso de Agronomia no estado do Ceará teve início em 1º de maio de 1918, com a criação da Escola de Agronomia do Ceará. Tratava-se de uma iniciativa pioneira voltada, sobretudo, para oferecer soluções agronômicas aos problemas ocasionados pelas secas. A Escola funcionou como uma instituição privada desde sua fundação até 7 de maio de 1935, quando foi transferida para a tutela do Governo do Estado. Essa mudança visava adequar o currículo do curso ao da Escola Nacional de Agronomia (atual Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ), o que demandava apoio financeiro do governo estadual.

Em 16 de janeiro de 1950, por meio do Decreto-Lei nº 1550, diversas escolas de Agronomia no país foram federalizadas, incluindo a Escola de Agronomia do Ceará. Em 1954, a Escola foi integrada à Universidade do Ceará (posteriormente Universidade Federal do Ceará), passando, em 2 de março de 1973, a ser conhecida como Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFC. Este centro é uma das unidades acadêmicas mais relevantes na consolidação da Universidade.

Na década de 1960, tornou-se evidente que a formação dos profissionais necessitava ir além da capacitação técnica. Era essencial fornecer uma visão holística e crítica da realidade regional, considerando aspectos socioeconômicos e socioambientais. Para atender a essa demanda, foram realizados investimentos na infraestrutura física e na qualificação dos docentes. Destaca-se o Programa Educação Agrícola, uma parceria entre a UFC e a Universidade do Arizona (EUA), que viabilizou a capacitação de professores em níveis de mestrado e doutorado no exterior. Como resultado dessas ações, foram criados os dois primeiros cursos de pós-graduação da UFC: Economia Agrícola (1971) e Fitotecnia (1973).

Trajetória histórica

O Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia (PPGAF) da Universidade Federal do Ceará (UFC) foi criado em janeiro de 1973, inicialmente no nível de mestrado. A primeira dissertação defendida foi intitulada “Maturação de Sementes de Sorgo, Sorghum bicolor L. Moench”, apresentada em 29 de maio de 1975 pelo Sr. Jadilson Rubens de Castro, sob orientação do professor Marcus Vinícius Assunção.

A oferta do doutorado ocorreu 21 anos após a criação do programa. À época, o PPGAF já era um programa consolidado, com um histórico de 180 dissertações defendidas e um corpo docente experiente na formação de recursos humanos. A criação do doutorado teve como objetivo proporcionar aos estudantes a continuidade de seus estudos, favorecendo tanto o avanço na busca pelo conhecimento científico quanto a aplicação prática em seus respectivos ambientes de trabalho, considerando que muitos dos primeiros doutorandos já possuíam vínculos empregatícios com outras instituições.

A primeira tese de doutorado defendida no PPGAF, intitulada “Fenologia e Ecologia Comparativas da Produtividade de Clones de Cajueiro Anão”, foi apresentada em 29 de outubro de 1999 pela Sra. Kathia Maria Barbosa e Silva, sob a orientação do professor Francisco Aécio Guedes de Almeida.

Até 31 de dezembro de 2024, o PPGAF terá produzido 736 trabalhos de conclusão, sendo 557 dissertações de mestrado e 179 teses de doutorado. Esses números ilustram a relevância do programa na construção do conhecimento científico e tecnológico no Brasil. O PPGAF destaca-se pela formação de recursos humanos qualificados, cujo desempenho profissional reflete a excelência do programa tanto em pesquisa quanto em ensino, especialmente na região Nordeste do país.

Na primeira avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) com conceitos numéricos (3 a 7, no triênio 1998-2000), o PPGAF obteve conceito 4 (BOM), mantendo este conceito nas avaliações subsequentes (2001-2003, 2004-2006, 2007-2009, 2010-2012 e 2013-2016). Após o quadriênio 2017-2020, o programa alcançou o conceito 5 (MUITO BOM), demonstrando o comprometimento e a dedicação do corpo docente e discente na busca pela excelência.

Com vistas a ascender para o conceito 6, o PPGAF implementou o plano estratégico do quadriênio 2021-2024 e já vem trabalhando no aperfeiçoamento do planejamento estratégico para o período de 2025-2028.

Objetivos

Geral

O principal objetivo do PPGAF é formar mestres e doutores em Fitotecnia, capacitando-os com competências e habilidades que lhes permitam desenvolver e aprimorar sistemas de produção de culturas, com ênfase na agricultura praticada na região semiárida tropical. O programa é fundamentado em princípios de qualidade acadêmica, ética e responsabilidade socioambiental, com o intuito de atender às necessidades de empreendimentos públicos e privados no Brasil. Para isso, o PPGAF mantém uma participação contínua e ativa com o setor produtivo e demais setores interessados, ajustando suas pesquisas, ações de extensão e atividades de ensino conforme as demandas regionais e nacionais. Como resultado, o programa tem entregado à sociedade profissionais qualificados, preparados para atuar em áreas como pesquisa, educação e empreendedorismo.

Específicos

  1. Integrar de forma harmoniosa e duradoura o Programa de Pós-Graduação ao Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), mantendo alinhamento com as exigências e diretrizes da CAPES e outros órgãos pertinentes.
  2. Tornar-se uma referência regional no âmbito da pesquisa e da pós-graduação, atendendo as demandas locais e nacionais, capacitando profissionais para realizar atividades de pesquisa, ensino e extensão de alta qualidade.
  3. Formar profissionais altamente qualificados, preparados tanto para ingressar em cursos de Doutorado quanto para atuar diretamente no mercado de trabalho, contribuindo para a inovação e modernização do setor agrícola.
  4. Contribuir para o crescimento técnico e científico do setor agrícola, com foco no desenvolvimento de uma agricultura moderna, sustentável e competitiva, que possa atender as necessidades do mercado interno e externo.
  5. Desenvolver projetos científicos integrados, por meio de parcerias com empresas privadas e pesquisadores de outras instituições, com o intuito de gerar benefícios tangíveis para a sociedade, desde o produtor até o consumidor final.
  6. Produzir ciência de alta qualidade, com impacto regional significativo e reconhecimento internacional, consolidando o PPGAF como um polo de excelência científica na área de Fitotecnia.

Perfil do egresso

O PPGAF visa proporcionar ao egresso uma formação sólida que fomente um caráter crítico e multiplicador de conhecimento, além de uma formação robusta em pesquisa e desenvolvimento em Fitotecnia. Os objetivos do Programa são garantir que o egresso tenha as seguintes competências e habilidades:

  1. Capacidade analítica: Habilidade para identificar e avaliar problemas de forma racional e crítica, considerando o contexto em que o problema se insere.
  2. Desenvolvimento de pesquisa: Competência para conduzir pesquisas de alto nível, identificando lacunas científicas e tecnológicas, gerenciando recursos, conduzindo experimentos e divulgando resultados por meio de artigos científicos e boletins técnicos.
  3. Habilidade de comunicação: Competência para se relacionar de maneira eficaz com diferentes públicos, utilizando formas convencionais e eletrônicas de comunicação, tanto oral quanto escrita.
  4. Clareza e objetividade: Capacidade de se expressar de forma clara e precisa, tanto no ambiente acadêmico quanto no profissional.
  5. Preparo multidisciplinar: Formação para atuar em diversas áreas, incluindo pesquisa, docência e empreendedorismo.
  6. Inovação e empreendedorismo: Habilidade para atuar em um mundo globalizado, não apenas reproduzindo processos, mas inovando e empreendendo no setor agrícola.
  7. Flexibilidade criativa: Capacidade para se adaptar às evoluções do setor agrícola de maneira crítica e criativa.
  8. Compreensão sistêmica: Capacidade para compreender sistemas complexos e aplicar metodologias variadas.
  9. Liderança e iniciativa: Habilidade de liderar projetos e equipes, demonstrando proatividade e criatividade.
  10. Trabalho em equipe: Propensão para atuar de maneira colaborativa e eficaz com colegas e parceiros.
  11. Resiliência: Motivação para lidar com adversidades e contrariedades, buscando soluções mesmo em contextos desafiadores.
  12. Postura ética: Comprometimento com uma postura ética, baseada em valores universais de respeito e responsabilidade.
  13. Formação científica robusta: Sólida formação científica que permita ao egresso absorver e desenvolver novas tecnologias, acompanhando as inovações do setor agrícola.
  14. Conhecimento da realidade regional: Compreensão da realidade do estado do Ceará e da região Nordeste, bem como dos recursos naturais locais, com vistas ao desenvolvimento sustentável da agricultura.
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